Arquivo Arquidiocesano ganha Memorial em Belo Horizonte

Um jornal de Juiz de Fora, impresso em 1912. “A bússola” era uma publicação semanal. Nas primeiras páginas, os anúncios revelam: farmácia era escrita ainda com ‘ph’. O jornal que sucedeu  “A bússola” foi “O lar católico”. Na edição de 1943, um editorial que tratava sobre assuntos relacionados à Igreja. Hoje os dois periódicos não existem mais e se transformaram em um só: O “Jornal de Opinião”, de Belo Horizonte.

No livro de tombo da década de 1920, registros sobre a criação da Diocese de Belo Horizonte (que antes pertencia à Arquidiocese de Mariana). As cartas pastorais traziam a opinião de Dom Antônio Santos Cabral. Todos esses documentos estão no Arquivo Arquidicesano, no Palácio Cristo Rei, na Praça da Liberdade.

“Até 1889, os registros civis eram feitos pela a Igreja… só após essa data que os cartórios que assumiram a tarefa de documentar”, diz Josélio Alvarenga, comerciário. Ele veio ao arquivo para saber as origens de sua família. “É importante, já descobri um monte de curiosidades pelos livros que estão guardados aqui. Estou fazendo minha árvore genealógica aos poucos”, afirma.

Conhecer o passado para entender o futuro. Essa é a função básica dos documentos históricos. O acervo pertencente à Arquidiocese na Praça da Liberdade vai ter casa nova. A próxima sede do arquivo vai ser no bairro de Santa Tereza. Mas funcionará em caráter provisório, em uma casa da paróquia, já que  futuramente a Igreja vai transferir os documentos para o Memorial – que deve ser construído próximo ao Centro Administrativo de Minas Gerais em Belo Horizonte.

Foram nomeados hoje representantes da PUC Minas, da Arquidiocese e de outras instituições para o conselho do Memorial. No encontro, estiveram presentes Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Acerbispo metropolitano, Dom Joaquim Giovani Mol , reitor da PUC Minas e Angela Gutierrez, presidente do Instituto Flávio Gutierrez, entre outros. “O objetivo do memorial é muito nobre”, diz Angela. “Vamos nos preocupar também com o patrimônio imaterial. Isso é um bem cultural para a humanidade”, completa Dom Walmor.